A produtividade na agricultura está intrinsecamente ligada a diversos elementos, incluindo a fertilidade do solo e a profundidade das raízes. No Brasil, a maioria dos solos apresenta níveis baixos de nutrientes, elevada acidez e, de maneira notável, dificuldades no crescimento das raízes, particularmente abaixo dos 20 cm de profundidade, onde a escassez de cálcio, muitas vezes associada à presença de alumínio tóxico, é comum. Essas questões, aliadas à baixa capacidade de retenção de água desses solos, podem restringir a produção agrícola, agravando-se ainda mais durante períodos de escassez de chuva (veranicos).

A aplicação de gesso agrícola como um melhorador do solo reduz a saturação de alumínio e aumenta a quantidade de cálcio na subsuperfície, melhorando o ambiente do solo e promovendo o crescimento das raízes em camadas mais profundas. A adoção do gesso agrícola como condicionador de subsuperfície é, sem dúvida, um dos fatores que viabiliza a agricultura no Brasil, permitindo a utilização de áreas previamente consideradas improdutivas. A ampliação do uso do gesso agrícola, com orientação técnica adequada, contribui significativamente para o desenvolvimento sustentável, abrangendo aspectos econômicos, sociais e ambientais